O artigo tem como objetivos investigar o impacto do fechamento das escolas, em decorrência da pandemia de COVID-19, no desempenho dos alunos no curto e no longo prazo, e refletir sobre potenciais intervenções que poderiam mitigar suas consequências.
Os autores fizeram uma revisão da literatura sobre situações similares de fechamento de escolas, uso do tempo escolar e estratégias eficazes de ensino, analisando mais de uma centena de trabalhos acadêmicos publicados recentemente.
A investigação mostrou que o fechamento temporário de escolas, planejado ou não, está mais associado com estagnação do que com perda de conhecimento, ou seja, o aluno deixa de aprender, e quando há perda, ela pode ser recuperada a curto prazo com o retorno das aulas.
Entretanto, observa-se efeitos sobre evasão escolar, que deve ser vista com cuidado entre grupos mais vulneráveis.
Estratégias como aumento da carga horária escolar, uso de tecnologias ou ensino remoto dificilmente são eficazes e dependem fortemente de outras estratégias aliadas como currículo bem estruturado e professores bem preparados.
Estratégias eficazes que podem ser adotadas pela escola incluem: avaliação diagnóstica, tutorias focalizadas, dever de casa, garantia de frequência escolar. Políticas voltadas à primeira infância e atenção aos primeiros anos escolares dos alunos, incluindo a alfabetização são cruciais para enfrentar desigualdades educacionais.
Para acessar o artigo na íntegra é só clicar no link: 10.1590/S0104-403620200028028