A agricultura orgânica tem aumentado a sua importância econômica no agronegócio mundial. Em 2017, 69,8 milhões de hectares de produção foram registrados no mundo o que movimentou 97 bilhões de dólares2017 (Willer, e Lernoud, 2019).
No Brasil, o aumento no número de certificações de produtores orgânicos e projeções otimistas de consumo, também refletem a crescente importância desse segmento para o agronegócio do país(ORGANIS – Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável, 2017). Sendo o Brasil o país com o maior mercado para produção de orgânicos na América Latina e Caribe, conforme projeções de 2017 (Willer, e Lernoud, 2019).
Apesar da adoção de certificação de produção orgânica ter apresentado crescimento, ela ainda apresenta importantes custos de barreira à entrada (Mazzoleni e Nogueira, 2006). Dificuldade, que influencia principalmente a adoção de agricultura orgânica por produtores empresarias ou agroindustriais(Assis, 2006). Sabe-se que a adoção da agricultura orgânica por produtores patronais se mostra difícil em razão da perda inicial de produtividade pela adoção de práticas agroecológicas de cultivo
Assim, foi avaliado se municípios com produção relevante em contexto nacional, acima de 2% das propriedades, lograram de resultados econômicos positivos em comparação a município com produção orgânica abaixo da média.
A produção acima da média ampliou o PIB per capita municipal em R$ 1.647 e o valor agregado agropecuário em R$ 35.376. Para os resultados utilizando o pareamento, os valores foram também significativos, R$ 1.677 e R$ 35.311.
Considerando os resultados é possível verificar a causalidade com relação à produção de agricultura orgânica pelas propriedades e crescimento econômico. O que reforça o impacto positivo das produções agroecológicas, que transcendem o já confirmado impacto ambiental.
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